Venha provar a Sopa Km0 no X Festival de Sopas

Venha provar a Sopa Km0
A "Sopa km0" é uma sopa produzida com alimentos locais, que não necessitam de ser transportados a longas distâncias, contribuindo para a economia local, para a preservação do ambiente e para uma alimentação mais saudável.

Venha conhecer a "Sopa Km0"  - uma das novidades  no Festival das Sopas de Montemor-o-Novo  (8 a 10 de Novembro de 2013).

Restaurantes  com "Sopa Km0"no Festival:

-Quinta da Nora - Sopa de Mogango
-A Bancada - Sopa de Abobora
-A Ferrenha - Ensopado de Borrego
- Manuel Azinheirinha - Sopa de feijão com Espinafres
-Taskinha - Creme de Legumes
-Pic- Nic - Sopa da Horta
-Tasquinha Low Cost - Sopa de Feijão com Mogango

Como surge a "Sopa km 0"?

A "Sopa Km 0" é uma primeira abordagem local ao conceito "Km0". Este desafio foi laçando pelo Cidadão Rogério Godinho, da Rede de Cidadania de Montemor-o-Novo, com o objetivo de ajudar a divulgar e promover o consumo de alimentos produzidos localmente (Vetor II da Agenda 21 Local).

Rogério Godinho apresenta-nos este conceito:
"O conceito da denominação Km 0 ganhou força e notoriedade por meio do movimento Slow Food, que é considerado um movimento social, muito além do gastronómico. "Slow Food significa dar a justa importância ao prazer ligado ao alimento, aprendendo a desfrutar da diversidade das receitas e dos sabores, a reconhecer a variedade de locais de produção e dos seus artesões, a respeitar o ritmo das estações e do convívio." Foi através dele que regiões agrícolas italianas - e hoje de outras tantas nacionalidades- resgataram a dignidade do pequeno agricultor e valorizaram as práticas mais tradicionais passadas de geração a geração.

A expressão Km 0 foi emprestada do protocolo de Kyoto e procura mudar estilos de vida, privilegiando o Local ao Global, alertando, por exemplo, que numa refeição tão comum e portuguesa como o bitoque - em que a carne é importada da América do Sul, as batatas de França, a salada de Israel, o vinho da Austrália, a fruta de Espanha e o trigo para o pão da Rússia - em termos energéticos, há maior gasto de energia nos processos de transporte, armazenagem e embalagem do que o ganho energético dessa refeição.
Para além do consumo de petróleo envolvido, a pegada ecológica resultante das emissões de dióxido de carbono e ligada às produções em regime intensivo é brutal.

Encurtar a distância da produção ao consumo, diminui o consumo energético, ajuda o meio ambiente e promove as regiões agrícolas locais, salvaguardando as variedades e espécies típicas de cada região. É um mito que a pequena produção local tenha de ser obrigatoriamente mais cara. O preço final ao consumidor é, essencialmente, resultante dos interesses financeiros e dos desinteresses políticos e sociais. Nos mercados agrícolas locais, onde o produto típico é vendido sem intermediários, sem embalagens e sem custos de armazenagem existem todas as condições para os produtos agrícolas serem mais baratos e mais saudáveis."